Há
24 anos os representantes do povo brasileiro instituíram um Estado Democrático,
destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias.
Vinte
e quatro anos da Constituição Federal de 1988. Período de construção
democrática e avanços para cidadania e efetivação dos direitos do ser humano,
centro do Ordenamento Jurídico.
Embora
se reconheça as dificuldades materiais para implementação de inúmeros direitos
constitucionalmente previstos, não se pode deixar de aplaudir e comemorar as
conquistas alcançadas nesses 24 anos de história.
O
fortalecimento da Constituição, enquanto documento jurídico-vinculativo, somado
à busca incessante de concretização de suas normas pela sociedade brasileira,
cansada da preconcebida identidade apática no campo jurídico e político, entoam
notas reais de liberdade, igualdade e fraternidade.
A
“sociedade dos intérpretes da Constituição”, como quer Peter Harbele, está reconstruindo
a identidade nacional. Não é à toa que milhões de brasileiros subscreveram a da
Lei da Ficha Limpa e agora anseiam pela resposta do Supremo Tribunal Federal no
combate à nefasta impunidade da corrupção.
A
estrada é longa e os caminhos tortuosos. Não faltam desafios. A fórmula
constitucional está pronta e foi construída para uma sociedade fraterna. Então,
vamos em frente. Façamos valer nossa Constituição.
Chico
Buarque, hoje já é um novo dia e amanhã também há de ser novo dia.
“Eu pergunto a você onde vai se
esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Amanhã há de ser outro dia
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você”
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você”
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