A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Ø Do
ponto de vista ético somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas.
Ø Os
valores éticos se oferecem como expressão e garantia de nossa condição de
sujeitos, proibindo moralmente o que nos transformem em coisa usada e
manipulada por outros.
Ø Segundo Kant “no reino dos fins tudo tem ou um
preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se em vez dela
qualquer outra como equivalente; mas quando uma coisa está acima de todo o
preço, e, portanto, não permite equivalente, então tem ela
dignidade. (...) Esta apreciação dá pois a conhecer como dignidade o valor de
uma tal disposição de espírito e põe-na infinitamente acima de todo preço.
Nunca ela poderia ser posta em cálculo ou confronto com qualquer coisa que
tivesse um preço, sem de qualquer modo ferir sua santidade”. (KANT, Immanuel.
Fundamentação da Metafísica dos Costumes. In: Os pensadores. Kant (II), Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril
Cultural, 1980, p. 140).
Ø Permanência
da concepção kantiana no sentido de que a dignidade da pessoa humana. Esta pessoa considerada como fim, e não como meio, repudia toda e qualquer espécie
de coisificação e instrumentalização do ser humano.
Ø A
ideia da dignidade da pessoa humana, parte do pressuposto de que o homem, em
virtude tão somente de sua condição humana e independentemente de qualquer
outra circunstancia, é titular de direitos que devem ser reconhecidos e
respeitados por seus semelhantes e pelo Estado.
Ø A
dignidade da pessoa humana é simultaneamente limite e tarefa dos poderes
estatais e, no nosso sentir, da comunidade em geral, de todos e de cada um,
condição dúplice esta que também aponta para uma paralela e conexa dimensão
defensiva e prestacional da dignidade. (SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade
da pessoa humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988. 6 ed. rev. atual. Porto Alegre:
Livraria do Advogado Ed., 2008).
Ø A
dignidade da pessoa humana, compreendida como vedação da instrumentalização
humana, em princípio proíbe a completa e egoística disponibilização do outro,
no sentido de que se está a utilizar outra pessoa apenas como meio para
alcançar determinada finalidade, de tal sorte que o critério decisivo para a
identificação de uma violação da dignidade passa a ser (pelo menos em muitas
situações, convém acrescer) o do objetivo da conduta, isto é, a intenção de
instrumentalizar (coisificar) o outro.
Ø CONCEITO:
Temos por dignidade da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva
reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e
consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um
complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra
todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir
as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e
promover sua participação ativa e co-responsável nos destinos da própria
existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.
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